quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Magreza é uma virtude?

,Foi impossível não ler as diversas críticas e matérias a respeito do corpo das modelos nas passarelas. Mais impossível ainda foi não enxergar a extrema magreza em que algumas modelos estão.. feio? Bonito?

E será que as modelos consideradas GG pelos editoriais de moda são mesmo GG, ou seja, são corpos de numeração plus-size?

Vamos ao vídeo que entrevista vários fashionistas produzido pelo UOL:




E vocês, leitoras, o que acham disso?
Afinal, a extrema magreza é 'pop' ou não é?

Segue, ainda, um texto retirado do site Vitrine Capital, fenomenalmente inspirado sobre esse assunto:

Magreza é virtude?

"Vivemos sob a ditadura da magreza: ser magro hoje é tão importante quanto ser honesto

Mas a regra, claro, só vale para o sexo feminino. Será que um dia voltaremos a comer sem culpa?

Ontem comi doce de leite com queijo. Anteontem tomei sorvete. E, entre uma e outra sobremesa, temperei minha vida com duas fatias de bolo de coco. Enquanto desfrutava do sabor maravilhoso do doce, do sorvete e do bolo, tentei me lembrar de como é comer o que existe de mais gostoso sem sentir culpa. Não consegui. Aquela felicidade plena, aquela sensação maravilhosa de saborear um doce que se ama sem pensar em mais nada, sem sentir nada além daquele sabor, foi riscada do cotidiano das mulheres. No dicionário feminino, o verbete 'prazer' vem sempre acompanhado da palavra 'culpa' -pelo menos quando se fala de alimentação. Antigamente, nós, mulheres, não podíamos ter apetite sexual. Hoje não podemos ter apetite -ponto final. É por isso que eu sempre brinco que nos tiraram de Bangu 1 e passaram para Bangu 2. O endereço da cadeia mudou, mas continuamos prisioneiras. Antes era a moral que nos aprisionava. Hoje é a estética.

Ser magro, hoje, é tão importante quanto ser honesto. Aliás, vamos passar a frase para o feminino: a magreza nas mulheres hoje é tão valorizada quanto a honestidade. Sim, porque nos homens a magreza é apreciada e admirada. Mas, se eles forem cheinhos, a gente perdoa. O que nossa cultura não aceita é a mulher acima do peso -e o peso em questão é ela, a própria cultura, que define. Se a mulher não é magra, ela pelo menos tem que mostrar que se esforça 24 horas por dia para emagrecer. Se não luta contra os quilos, é vista como fraca, desleixada, indisciplinada, ou seja, o julgamento estético ganha um caráter moral. De volta ao começo? Mais uma vez a moral nos aprisionando?

Não é à toa que as mulheres hoje sobem na balança da mesma forma com que se ajoelhavam nos confessionários de antigamente: cheias de ansiedade e medo. Temem ser julgadas e punidas por seus excessos -não mais da alma, mas do corpo. É por isso que, quando vamos comer algo que engorda, a gente diz: 'Eu mereço!'. Ou seja, estou em dia com os meus deveres, e por isso posso cometer essa pequena transgressão. É por isso, também, que os pais indianos listam a magreza da futura nora ao lado de predicados como séria e trabalhadora. Ser magra passou a ser uma virtude valorizada tanto na esfera social e no mercado de trabalho quanto no mercado matrimonial.

Saudades de Bangu 1? Não precisamos chegar a tanto. Nem a prisão da alma, nem a prisão do corpo. Além dos melhores bolos e dos melhores sorvetes, nós, mulheres, merecemos um mundo sem qualquer tipo de prisão.


Fonte
http://www.garotasveneno.com
Leila Ferreira"

Bom, acho que a Leila resumiu tudo!
Ou seja, nós gatas, já nascemos LIVRES.. é ou não é?! ; )


Bjos, Pop!

2 comentários:

.:.A Luciana.:. disse...

"Ansiedade" e "culpa" são as piores coisas a respeito desse assunto. Principalmente pra mim, Bruna...

Espero que muit mais gente leia esse artigo que você postou e pense sobre isso também!

Beijos!

Anônimo disse...

Olha...acho que as mulheres não devem ter uma atitude de passividade em relação aos padrões sociais impostos. A gente, que tem consciência da manipulação e do preconceito social que coibem a nossa liberdade de escolha, tem mais é que agir de acordo com o que sente e pensa, sem se importar com os padrões, que são criados por não sei quem(mas imagino que seja um(a) estilista mal amado(a) e que se acha a oitava maravilha do mundo, mesmo sendo feio(a)e mal amado(a)) e que tenta se vingar do mundo por causa disso, ou pra facilitar o "caimento" da roupa nos desfiles que todo mundo acha "horrível e irreal".
Sinceramente, enquanto todo mundo criticar, mas continuar fazendo caramuru pra essas criaturas da moda, a coisa continuará exatamente como é hoje: imposta para as mulheres goela abaixo. E digo mais: quem é que compra a roupa dos desfiles e tudo o que eles mostram. Nóizinhas mesmas.....Então é isso. Cabe a nós não aceitarmos essa imposição ridícula como padrão, e ponto.

LinkWithin

Related Posts with Thumbnails